Passeata movimenta Codó durante a Caravana da Liberdade
A Caravana da Liberdade chegou ao município de Codó com uma grande passeata, que mobilizou estudantes de dezenas de escolas da região em defesa das condições dignas de trabalho e contra a exploração do trabalho análogo à escravidão. A passeata ocorreu no dia 19 e contou com a participação do Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA), uma das instituições responsáveis pela Caravana.
Organizados em grupos, os estudantes marcaram presença na passeata com cartazes e faixas. Os alunos da Escola José Ribamar Marão, de Alto Alegre do Maranhão, exibiram uma grande faixa com o seguinte texto: “Projeto escravo, nem pensar! Trabalho escravo, vamos abolir de vez esse sofrimento e vergonha!”.
Já os estudantes do Centro Educacional Luzenir Matta Roma de Codó conduziram uma faixa e um banner com o slogan “Escravo, nem pensar!”. Essa escola e o Centro Educacional René Bayma de Codó e uma escola do município de Duque de Caxias já desenvolvem atividades educacionais de combate ao trabalho escravo desde 2012. Os professores dessas escolas receberam formação no Projeto “Escravo, nem pensar!” coordenado pela ONG Repórter Brasil.
O procurador do Trabalho de Caxias, Marcos Duanne Barbosa de Almeida, representou o MPT-MA na Caravana e aproveitou a passeata para alertar os jovens e também os trabalhadores de Codó para a importância de denunciar as violações de direitos trabalhistas. A caminhada percorreu a avenida São Sebastião, a mais importante da cidade, e ainda passou pela rua Afonso Pena, a principal do comércio varejista codoense.
Uma das propostas da caminhada foi a criação de uma rede regionalizada com a participação das escolas, por intermédio de professores e de estudantes, envolvendo também os agentes de saúde nos municípios. A rede tem como objetivo a formação de multiplicadores que vão atuar na disseminação de informações de valorização do trabalho humano, como forma de combater o trabalho escravo contemporâneo.
A Caravana da Liberdade foi encerrada no dia 20. Além de Codó, o evento passou também pela cidade de Peritoró. Voltada para o combate ao trabalho escravo no estado, a caravana permitiu que trabalhadores denunciassem violações de direitos ao MPT-MA, que manteve durante todos os dias de evento um servidor para coletar denúncias.
