Firmada cooperação técnica com OIT no Maranhão

Durante o 3º Encontro Inter-regional de trabalhadores resgatados do trabalho escravo, realizado nos dias 12 e 13 de maio em Pindaré Mirim, foi celebrado um acordo de cooperação técnica entre a Organização Internacional do Trabalho (OIT), Governo do Estado e Governo Federal, que permitirá o diagnóstico do trabalho escravo no Maranhão e a implementação de políticas públicas efetivas de combate.

A pesquisa será financiada pela OIT. “Essa é uma oportunidade de o Maranhão mostrar para o Brasil como se pode construir um Estado mais justo e igualitário”, destacou o oficial de Projetos da OIT no Brasil, Luis Fujiwara.

O trabalho intitulado de “Hard to see, harder to count” será realizado em dois anos: um para aplicação dos questionários e levantamento dos dados e outro para análise, validação e divulgação dos resultados. O desenvolvimento da metodologia, traduzida como “Difícil de ver, mais difícil de contar”, pretende contribuir para o fortalecimento das ações de combate ao trabalho escravo no estado.

“Temos que pensar políticas públicas estruturantes que melhorem a vida das pessoas e deem perspectiva a elas. Com a pesquisa, iremos aumentar o nosso conhecimento sobre essa realidade para pensarmos ações preventivas e estruturantes mais eficazes”, disse o secretário de Estado dos Direitos Humanos e Participação Popular Francisco Gonçalves.

O III Encontro Inter-regional de trabalhadores resgatados do trabalho escravo trouxe como tema “13 de maio, dia da abolição da escravatura?”. O evento foi realizado pelo Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascarán (CDVDH) de Açailândia. O Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA) foi representado pelo procurador-chefe, Marcos Rosa.

“Essa é uma data não só de comemoração, é uma oportunidade para que nós possamos refletir sobre essa falsa liberdade, tendo em vista que ainda temos trabalhadores em situações de trabalho degradante. Essa também é uma data propícia para ampliar as parcerias que possam fortalecer nossa luta contra o trabalho escravo”, analisou Brígida Rocha, coordenadora de atendimento comunitário do CDVDH.

 

*Com informações da Ascom da Sedhpop.

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